Quando eu era estudante de psicologia, tive uma professora de psicologia clínica que, nos últimos anos de estágio, em um dos momentos de descontração, nos provocava: querem uma dica para melhor ajudar os seus pacientes? Identifique qual dos pecados capitais seu paciente mais comete e você terá uma trilha para um processo de transformação.

Certamente, ela não se referia a nenhum estudioso da psicologia que tivesse elaborado uma teoria famosa sobre este tema, mas era muito pragmática. Preferia não se ater apenas às teorias, para que pudéssemos compreender e criar mais um instrumento de observação dos pacientes.

Compreendi que se poderia trazer isso, também, para a vida prática. Exemplo: sinto inveja de uma pessoa que tem um talento, uma habilidade, possui algo que eu gostaria de ter? Transformo isso em admiração e procuro saber como ela aprendeu e desenvolveu aquele talento ou aquela habilidade, como ela conseguiu conquistar aquilo que eu estou querendo também?

Pensa comigo: quando a inveja vem junto com a preguiça, você sabe que vai ter que ter disciplina para conseguir alcançar aqueles objetivos.

E, quando você menos espera, a raiva também vem junto! E agora? Só convidei a inveja para tomar um lanche e vieram junto a preguiça e a raiva.

E vai ficando pior: a vontade de ostentar nas redes sociais, o impulso de comemorar e “comer-beber”. Penso logo que, quando eu conseguir, só eu e os meus amigos vão ter acesso e assim vai….

Enfim, vem a tropa toda: a inveja, a soberba, a ira, a gula, a preguiça, a luxúria e a avareza. E então, como que cada uma delas pode ser transformada para me tornar um ser pleno, um ser realizado, visto e percebido como um ser inspirador?

Fica a dica: a observação pode ajudar. E o caminho da transformação passa por algumas perguntas que a gente faz para nós próprias.

Compartilhe!