Estacionei o carro e, quando me virei, vi a lua cheia. Só um pedacinho dela atrás do morro e, conforme eu caminhava em direção à calçada, ela ia aparecendo por inteiro.
Apreciando aquele espetáculo, liguei para a minha filha pedindo para ela descer do seu apartamento.
Enquanto eu aguardava, a luz da lua me atingia e eu sentia o banho de luz. Um banho de lua.
Minha filha veio ao meu encontro. Um abraço apertado e gostoso, e caminhamos para uma praça.
O assunto foi a família e a reciprocidade…
Sentadas no banco da praça, a conversa flui. Ouvimos os nossos sentimentos e as nossas opiniões. Nos surpreendemos e rimos. A lua era a nossa companheira.
A minha expectativa era apenas saber o que ela pensava sobre o assunto. Me diverti e me deixei surpreender…
Na despedida, mais abraço apertado. Beijos, e o sentimento de plenitude por estar no meu lugar de mãe, acompanhando o desabrochar da menina se tornando mulher.
Vi a menina caminhando e vi a mulher abrindo a porta da casa dela. Senti a magia da luz da lua, que fez brotar a emoção, acolheu o sentimento e fez ouvir o coração que batia um ritmo alegre.